Como o RH pode estabelecer o Rapport com o Colaborador? 

A primeira vez que ouvi o termo, estava num Congresso do RH Leste Fluminense e a palestrante (sinto muito não citar o nome, mas isso foi há 15 anos) fez uma analogia do Rapport aos ritmos musicais, ela dizia que cada pessoa possuía o seu “ritmo” e o que precisávamos para acompanhá-los era entender e procurar acompanhar o ritmo de cada um.

Como sou uma pessoa criada no meio musical isso fez total sentido pra mim no pessoal e como profissional da área passando a observar as pessoas e buscando entender as suas particularidades e necessidades. 

Rapport é uma palavra de origem francesa (rapporter), que significa “trazer de volta” ou “criar uma relação”.

Segundo Anthony Robbins, estrategista é um dos responsáveis ​​por popularizar o conceito de programação neurolinguística, RAPPORT significa: “capacidade de entrar no mundo de alguém, fazê-lo sentir que você o entende e que vocês têm um forte laço em comum.

É a capacidade de ir totalmente do seu mapa do mundo para o mapa do mundo dele”. 

O RH usa muito essa técnica para deixar candidatos e funcionários mais receptivos durante as entrevistas.

Este método produz três comportamentos básicos nas pessoas envolvidas: escuta ativa, empatia e coordenação.

Assim, é possível criar laços de entendimento e estabelecer um diálogo em que todas as opiniões sejam levadas em consideração e pontos de vista e valores sejam alinhados e respeitados.

 

 

Técnicas de Rapport

 

Existem diferentes técnicas para estabelecer um relacionamento com alguém.

A técnica mais conhecida é a técnica do espelhamento, que envolve combinar a linguagem corporal do seu interlocutor com você, como postura, gestos, expressões faciais, respiração e outros fatores que ajudam a criar empatia.

Mas sua adoção deve ser gradual e cuidados devem ser tomados para que as pessoas não pensem que estão sendo copiadas e alvo do ridículo.

Outra técnica de comunicação amplamente utilizada é a reciprocidade. Este é o famoso método “dar sem esperar em troca”.

Por fim, o compartilhamento de interesses comuns também pode ser classificado dessa forma. Muito presente no nosso dia-a-dia, permite-nos construir relações de proximidade e confiança.  

De qualquer forma, antes de iniciar a conversa, conheça o histórico da pessoa presente, uma visão geral da área em que ela trabalha e sua experiência dentro da empresa.

Isso proporciona uma visão mais clara da situação e permite que a conversa entre o entrevistador e o entrevistado se tornasse mais fluida e produtiva.

 

Rapport nas Relações de Trabalho

 

Mas e no dia a dia, nas relações de trabalho com os colaboradores, como funciona? 

Para mim, a premissa básica para estabelecer uma relação de confiança e estabelecer o rapport com o colaborador seria: conheça o mundo da outra pessoa.  

Quando falamos de pessoas, principalmente dentro das empresas, falamos de um público muito diverso, que apresentam variações comportamentais, que carregam uma bagagem de vida enorme (ou não) e que é atravessada o tempo todo por influências, desde quando nasceu. 

Sabe aquela expressão: “cada um tem o seu corre”?

É sobre isso, se aprofunde no cotidiano, na individualidade, nas dores e prazeres dos colaboradores para de fato entendê-los e apoiá-los como um todo, tanto pessoalmente quanto profissionalmente.  

Antigamente falava-se: “temos que deixar os problemas pessoais lá fora”. Impossível!

Principalmente hoje em tempos remotos, onde o trabalho se funde com as rotinas de casa, onde o cuidado com a saúde mental se torna irrevogável, onde falamos constantemente sobre qualidade de vida e onde devemos acompanhar os colaboradores em sua integralidade.  

Envolver-se em conversas reais com os colaboradores sobre o que os motiva é crucial para a construção de relacionamentos é o que de fato pode ajudar a construir a confiança e que você se preocupa com os relacionamentos genuinamente. 

 

 

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Vivian Alfradique

Formada em Psicologia. Especialista em Gestão de Recursos Humanos (Universidade Cândido Mendes). Especialista em Planejamento, Implementação e Gestão de Educação a Distância (Universidade Federal Fluminense). Possui formação em Neurobusiness pelo Instituto Sinapses, Practitioner em PNL pelo INAP e analista comportamental DISC. Atua na área de Recursos Humanos desde 2004, em empresas nacionais e multinacionais, com experiências em recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, remuneração e benefícios, gestão de desempenho, gestão de pessoas e ações de endomarketing.

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