Cultura da Aprendizagem: Como transformar suas equipes em agentes de mudança?

Para abrir este artigo invoco uma grande mente, do século passado que viveu quase cem! Peter Drucker, com a sua atualíssima frase: “A cultura come a estratégia no café da manhã”.

Realmente a cultura e a estratégia em diferentes momentos da gestão de uma empresa vivem uma “relação” de amor e ódio, principalmente quando falamos de aprendizagem. Ter uma cultura que fortaleça a estratégia de desenvolvimento de adultos é algo desafiador, ainda mais quando olhamos para o mercado e entendemos que a educação nas corporações vem se adaptando ao novo mundo e construindo a cada dia realidades mais condizentes ao nosso ambiente.

Mas, quem é esse perfil de colaborador? Onde vivem? Do que se alimentam?

Convido vocês a embarcar neste artigo, para entender as tendências atuais do mercado envolvendo: Cultura, estratégia, modelo de aprendizagem e esse profissional T-shapped que tanto buscamos.

Ter uma empresa que aprende continuamente, adquire novas habilidades, capacidades e incentiva esse hábito em todos os níveis da organização é uma máxima muito desejada por líderes e executivos do mercado. A poucos anos atrás, cerca de dez a doze a grande estratégia era iniciar uma modelagem de cursos e treinamentos em e-learning.

Quem vivenciou este mundo de dentro de um RH, notou a tremenda força que era para fazer as pessoas consumirem essas plataformas adquiridas ou até mesma criadas especialmente para empresa. Isso acontecia sem dúvida por que a cultura era outra, quando falam em treinar alguém a expectativa do colaborador era: uma pausa longa da rotina, interagir com outras pessoas, podendo até mesmo fazer uma viagem, comer bem e claro aprender algo novo.

Quando a oferta do virtual surgiu, retirou muitos momentos importantes desde colaborador e em alguns momentos adicionou a: pressão em aprender sozinho, uma prova no final, fazer algo rápido e isolado na sua mesa de trabalho, com excessos de leitura e pouca interação. Esse exemplo explica facilmente como a “Cultura come a estratégia no café da manhã” e as necessidades de remodelar diferentes conceitos de aprendizagem.

Ser uma empresa focada na aprendizagem permite agilidade, adaptabilidade, resiliência e a capacidade de atender às crescentes necessidades do mercado como um todo. Atualmente, ter uma cultura de aprendizagem é uma expectativa dos colaboradores quando ingressam nesta organização, e além disso ainda temos que ter a atenção para a nova e exigente geração e seus gostos que para uns são “peculiares” quanto aos métodos adotados para aprender algo novo.

O primeiro passo é realmente ter um discurso muito claro de que ter um desejo contínuo em aprender é altamente valorizado nesta empresa e que se manter engajado é uma parte essencial do seu desenvolvimento. Porém tome muito cuidado com essa fala, se a empresa pratica pouca flexibilidade aos erros, o processo de aprendizagem só é criado quando existe um espaço seguro para tratar as possíveis falhas e pensar em melhorias de forma conjunta.

O conhecimento das estratégias de curto, médio e longo prazo, ajudam ao colaborador se motivar a aprender novas habilidades, um exemplo disso é quando o colaborador sabe que em poucos anos a empresa terá uma filial em outro país, algo que irá gerar oportunidades para quem tiver o tal idioma, desta forma existe uma nova motivação. Outro fator crucial é o líder está realmente comprometido com a cultura de aprendizagem, e constituir cenários onde o colaborador possa “exibir” suas novas habilidades levando aplicabilidade para a rotina de trabalho.

Algo muito valorizado é reconhecer os talentos especializados, encorajando sua buscar por mais conhecimento em assuntos específicos. Era comum ouvir que a empresa era a maior responsável em desenvolver um colaborador, mas essa realidade mudou muito, principalmente com o “aquecimento” da concorrência no mercado.

Hoje os colaboradores desejam ser desenvolvidos e esperam parcerias das organizações, mas não um sistema de paternalismo e sim como uma via de mão dupla. Portanto, é perfeitamente justo que as empresas responsabilizem seus colaboradores por ser o maior protagonista do seu desenvolvimento.

Alguns estudiosos do futuro profissional, afirmam que: 65% dos empregos futuros ainda não existem. Algo que soa como uma sirene de incêndio tanto para os profissionais como para as estratégias organizacionais, afinal existe uma demanda pouquíssimo conhecida que fará do meu negócio algo saudável ou não. Esse dado fortalece que existe uma necessidade real de atualização contínua dos colaboradores para se preparem para o futuro.

Nesse sentido, o conceito Lifelong Learning faz cada vez mais sentido.

O modelo Lifelong, é o que chamamos de aprendizagem continuada, ele atua de forma andragógica e ultrapassa os limites das instituições e estimula o desenvolvimento do indivíduo de forma voluntária e proativa a partir de diversas experiências de aprendizagem. O conceito é conhecido por quadro pilares, eles são: Aprender a conhecer, o objetivo é estimular o senso crítico e a capacidade de refletir com suas ideias frente aos diferentes assuntos.

A segunda é aprender a fazer, vai além da aplicação está relacionada com os softs skills necessários para a execução do conhecimento os profissionais precisam ter iniciativa, intuição, boa comunicação, capacidade de resolução de conflitos e estabilidade emocional.

A terceira é aprender a conviver, ele está relacionado com a capacidade de ter empatia e compreender o outro, estabelecendo vínculos e reduzindo conflitos.

O último pilar é o aprender a ser que certifica que o colaborador vai se se desenvolver integralmente, permitindo que possa agir com mais autonomia, discernimento e responsabilidade. Todo esse processo é realizado com diferentes ferramentas que possibilitam a imersão dentro deste conceito de aprendizagem.

Dentro deste texto não podemos deixar de ressaltar algo que não é novidade para ninguém, mas faz muita diferença na rotina do negócio é termos uma educação que estimula o “profissional sem fronteiras”. Sim, aquele que está sem delimitações de áreas, que o gestor estimula as rotações em setores complementares para aumentar a visão sistêmica e senso de gerenciamento deste colaborador, dando entrada a um profissional que chamamos de:

T-shapped

O termo é uma metáfora utilizada para se referir a um tipo de composição de habilidades que privilegia tanto a profundidade quanto as diferentes visões, entregando um perfil bem mais multidisciplinar. Esse perfil vem ganhando bastante espaço no mercado, principalmente para liderar times ágeis, porém ele não elimina o perfil especialista e sim complementa dentro de um projeto.

Para o negócio existem inúmeras vantagens recrutar ou desenvolver profissionais “T”, tende a ser um perfil equilibrado entre o especialista e generalista elevando os pontos positivos de ambos, outro fator é ser considerado o “coringa” da organização podendo atuar em diferentes frentes. Ele tente aprender com os outros com muita facilidade, explorando a criatividade das equipes e análises críticas. Muitas empresas de cunho industrial contratam esse perfil com grande foco em serem avaliadores dos processos atuais praticados, gerando melhorias em diferentes seguimentos da empresa.

Depois de tanta informação sobre aprendizagem, cultura e novos modelos de trabalho precisamos apenas fortalecer nossa certeza de nos manter o máximo possível atualizado as novas ambientações do ensino e educação nas organizações, “congelar” tendências pode custar uma estratégia bem pensada, mas pouco eficaz frente a cultura exercida.

Então, que tal esses conteúdo que só a Conexão Talento sabe fazer para melhorar o clima organizacional?

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